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Não há grande lição da morte, afirma
artista
Após um hiato de 18 anos sem gravar nenhuma canção, um dos últimos grandes cantores de soul do Olimpo do gênero, Bobby Womack, aos 68 anos, ressurgiu no cenário musical. No ano passado, com o disco The Bravest Man in the Universe (Lab 344), produzido por Damon Albarn (da banda inglesa Blur), ele fez uma rentrée espetacular (e até um pouco controversa, já que é um disco que faz uso muito heterodoxo da eletrônica). Álbum do ano dos Q Awards, tem como convidados cantoras como Lana Del Rey e a participação de Gil Scott-Heron em uma das faixas.
Bobby Womack chocou a black music nos anos 1960 ao se casar com a viúva do seu padrinho artístico, Sam Cooke, três meses após a morte deste. O mais terrível veio quando publicou sua autobiografia: Bobby tinha ido além: também manteve um relacionamento afetivo com a filha adolescente de Barbara e Sam Cooke, Linda, e estiveram na cama enquanto era casado. Tudo isso seria apenas combustível picante para o mundo das celebridades, não fosse Womack um homem marcado também pela tragédia.
Após enfrentar um câncer no intestino, há um ano, no mês passado o cantor sofreu outro baque: foi diagnosticado com Alzheimer, ainda incipiente. O irmão mais velho, Harry, foi assassinado por uma namorada ciumenta dentro do seu próprio apartamento. Um dos filhos de Bobby entrou em coma, quando ainda era um bebê, em um acidente doméstico. E, há 7 dias, Bobby também viu morrer seu irmão mais novo, Cecil. Bobby Womack falou ao Estado durante uma hora na tarde de quinta-feira.
Veja a entrevista completa: